sexta-feira, 21 de maio de 2010

Casas Invisíveis 8

Nesse momento, o porteiro do edifício anexo, grita para o grupo: " Parem com isso! Já chamei a polícia! Aí, os garotos novamente se dispersaram. Pensei comigo: Absurdos como esses, não tem sentido quando nossos corações, olhos e mentes, estão voltados para aquilo que não se vê. É ver coisas que nunca pensei que acontecessem. E assim, o sr. Mário, continuava a viver ao sopro da sorte e dos bons ventos. E assim, todos os dias, saía em busca de sonhos e como realizá-los. Será que ele, saberia se defender do inesperado, das surpresas? será que deixaria por outras ruas, o pesadelo que achou nessa? Sempre deixa rastros interessantes para "Direitos Humanos" que os diagnosticam como isolados, com incômodos morais, passam privações e são discriminados racialmente e sócio-econômicamente. De outra vez, entrevistei o Velho Chico. Um senhor com quase oitenta anos e morador de rua, trinta anos. A minha primeira pergunta foi: O senhor gosta de viver assim? E na resposta:" Nada me falta aquí! Nada me assusta! Nada me incomoda! Só tem uma coisa que me irrita muito que são as regrinhas do abrigos feitos para nós. Não pode fazer isso! Não pode fazer aquilo! Isso, só com autorização do diretor! E tem mais:
Sou obrigado a cumprir os horários pra dormir! Aquí não! Ao contrário sou livre. Sou pobre e livre! Sabe, não me sinto bem preso em um asilo-reformatório. Ser mendigo, me faz feliz."

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