Nem todos os dias acordava cedo. Mas quando acordava, tomava demoradamente o seu banho na torneirinha Pinga-Pinga, mordia a folhinha de samambaia e lá ia ela, treinar no seu campinho de vinte metros. Daí a pouquinho, pronto! completava o percurso. Quatro minutos e cinquenta e três segundos...Devagar, ia batendo mais um recorde no treino do dia.
Com esse sonho na cabeça, só pensava em ser famosa. Chutar o sol, cabecear a lua, enfim, só queria mesmo, jogar na "seleção número um do universo".
Sempre acampanhada da bolinha Chut-Chut, a Tatá pretinha, nas suas conversas animadas, se destacava pelas suas vaidades, trocando elogios com os seus vizinhos; Tigelinha Amarela e Paninho de Chão.
A bolinha Chut-Chut, disse:" Deixa comigo! Conheço todo mundo e vou apresentá-la ao Cachorrão, um empresário grana firme". Que só ele, sabia chegar lá no céu! E ti,ti,ti, e blá, blá, blá...
Bem, agora, já empresariada pelo Cachorrão, a tartaruguinha, ficou mais metida ainda! Quando passava pelas suas melhores amigas, Plantinha do Vaso e Garrafinha de Vidro, fazia um olhar esnobado de peixe morto. Nem- te- ligo! Desfilava, empinando o nariz, ignorando até as folhinhas de samambaia.
De cochicho em cochicho, todo mundo ficou sabendo o que se passava naquela cabecinha.Foi aí que Cachorrão, deu fim à história. Falou que aquele dia, era o grande dia! O dia em que Tatá pretinha, iria deixar de ser uma dessas aí qualquer, para ser uma tartaruga, de nome. Famosa!
Mandou Tatà, se agarrar bem às costas da bolinha, mirou, mirou a distância, tomou bastante carreira e... Tttttttttttuuuuuuuummmmmmmmm! Chutou com toda força bem pro alto... E lá se foram a bolinha Chut-Chut, com a Tatá, agarradinhas.
Se subiu, ninguem sabe, ninguem viu! Só se sabe que elas, atravessaram uma rua, depois outra e até hoje, ninguem mais ouviu falar delas. Espalhou-se as notícias que estão quicando por aí, nas estradas da vida.
É isso meu amigo, belo texto. Siga em frente. Abraço!
ResponderExcluirAdorei! Bem que poderia ser um livro para crianças. A imaginação sem limites que rola no texto faz qualquer um voltar a infância e se lembrar da época em que tudo que pensávamos, achávamos possível acontecer.
ResponderExcluirGrande abraço, amigo!